“Passagem por km rodado vai acabar com tarifa única e prejudicar quem mais usa o transporte público em Curitiba”, alerta Eduardo

“Passagem por km rodado vai acabar com tarifa única e prejudicar quem mais usa o transporte público em Curitiba”, alerta Eduardo

Em entrevista ao site do Plural, na noite desta quarta-feira (16/10), o candidato Eduardo Pimentel (PSD) alertou sobre o perigo que a cidade corre com a desintegração do transporte coletivo. O candidato à Prefeitura de Curitiba criticou a proposta polêmica da adversária Cristina Graeml, que quer um sistema de cobrança da tarifa do transporte público por quilômetro rodado, ou seja o cidadão que mora em bairros mais afastados do Centro pagaria bem mais mais pela passagem de ônibus. Isso iria acabar com a tarifa única na cidade, que foi implantada em 1980 pelo então prefeito Jaime Lerner.

“Acho uma barbaridade essa proposta de pagar a passagem por quilômetro rodado. Isso não tem cabimento e vai contra a integração do transporte coletivo de Curitiba, que é referência no Brasil e no mundo. É um absurdo e mostra o total desconhecimento da gestão de uma cidade”, afirmou Eduardo.

A entrevista foi feita pelo jornalista Rogerio Galindo e pode ser vista pelo canal do YouTube do Plural e pelo site do jornal.

Eduardo explicou que a proposta da adversária está registrada no plano de governo dela, na página 45. “Quem vai do Batel ao Centro vai pagar pouco, quem vai vir do Tatuquara, Sítio Cercado, do Boqueirão, do Campo de Santana, do Atuba, do Bairro Alto, do Cajuru, do Santa Cândida vai pagar mais o transporte coletivo para chegar até o Centro. Que administração é essa? Vai privilegiar só o Centro da cidade e está punindo o trabalhador e a trabalhadora que estão nas pontas da cidade e que precisam vir todos os dias para o Centro”, questionou Eduardo.

No sistema proposto por Cristina Graeml, a passagem do bairro Umbará até o Centro, por exemplo, ficaria R$ 23,88. “Isso é uma barbaridade, é não conhecer a cidade e não ter sensibilidade para gestão pública, além de acabar com a tarifa única que foi implantada pelo prefeito Jaime Lerner nos anos 80”, afirmou Eduardo.

O candidato também criticou a postura da adversária no 2º turno, de não dar entrevistas para os veículos de comunicação da cidade, inclusive para o Plural, onde também foi convidada para o mesmo formato de entrevista.

“A candidata Cristina sempre reclamou e disse que não tinha espaço na mídia no 1º turno, mas agora cancelou várias entrevistas e sabatinas ao vivo. Isso mostra que ela não tem propostas”, disse Eduardo.

Ao longo de 50 minutos de entrevista, Eduardo respondeu sobre vários assuntos, desde posicionamentos ideológicos, o apoio que deu ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre vacinação e ciência, valorização dos servidores públicos, e quais são suas principais propostas para Educação, Saúde, Ação Social, Transporte Público, Meio Ambiente, empreendedorismo e como vai desburocratizar os serviços da Prefeitura.

Algumas perguntas foram encaminhadas por parceiros do Plural, como a Escola Paranaense de Direito, o Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos Petroleiros e o Grupo Dignidade.

“Não quero mudar a ideologia de ninguém, um prefeito tem que governar para todos e assim será minha gestão. Agora o eleitor tem que analisar o que cada candidato pensa e vai fazer pela cidade. Eu falo de verdade e de propostas, sem desinformação, fake news e agressões”, disse Eduardo.

Ao final da entrevista, Eduardo agradeceu o espaço para poder falar sobre o futuro da cidade e pediu os votos dos eleitores indecisos, que deixaram de votar no 1º turno ou que votaram em outro candidato. 

“Peço o seu voto no 55, em mim, Eduardo Pimentel. Agora é hora de união e não podemos deixar Curitiba cair em uma aventura, no improviso, na demagogia, na agressão e no ódio. Sou a mudança de prefeito segura, peço o seu voto para Curitiba continuar avançando cada vez mais”, definiu Eduardo.